--------ESPAÇO PARA ACTUALIDADES 2013-----------------------MAIS NOTÍCIAS CLIQUE EM DESTAQUES

sexta-feira, 12 de julho de 2013

LEMBRAR Sophia de Mello Breyner Andresen!


 LEMBRAR A POETISA


No dia 12 de Julho pelas 21:30 horas no café central em Castelo de Paiva, foi com grande emoção que recordei a poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen, nascida no Porto, em 06 de Julho de 1919, no seio de uma família aristocrática, conforme retratado por José Silva.

Fascinante a firmeza, com que Ana Ribeiro fez questão em lembrar com dedicatória as suas cantigas a Sophia e a todas as mulheres.
Ela também uma maravilha a concluir muito bem, caso a seguir o seu exemplo.
Lembrei momentos de verdadeiras Mulheres com “M” maiúsculo, Sophia sempre ao lado do marido jornalista Francisco Sousa Tavares, passou em Lisboa a dividir a sua atividade entre a poesia e a atividade cívica, notando-se e sobressaído ativista contra o regime de Salazar.
Conforme bem vincado por José Sila, Sophia teve uma intervenção política empenhada, opondo-se ao regime salazarista (foi cofundadora da Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos) e também, após o 25 de Abril, como deputada. Presidiu ao Centro Nacional de Cultura e à Assembleia Geral da Associação Portuguesa de Escritores.
O ambiente da sua infância reflete-se em imagens e ambientes presentes na sua obra, sobretudo nos livros para crianças. Os verões passados na praia da Granja e os jardins da casa da família ressurgem em evocações do mar ou de espaços de paz e amplitude. A civilização grega é igualmente uma presença recorrente nos versos de Sophia, através da sua crença profunda na união entre os deuses e a natureza, tal como outra dimensão da religiosidade, provinda da tradição bíblica e cristã.

Na cidade do Porto cresceu e aí viveu até aos dez anos, altura em que se mudou para Lisboa. De origem dinamarquesa por parte do pai, a sua educação decorreu num ambiente católico e culturalmente privilegiado que influenciou a sua personalidade. Frequentou o curso de Filologia Clássica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em consonância com o seu fascínio pelo mundo grego (que a levou igualmente a viajar pela Grécia e por toda a região mediterrânica), não tendo todavia chegado a concluí-lo.

A sua atividade literária (e política) pautou-se sempre pelas ideias de justiça, liberdade e integridade moral. A depuração, o equilíbrio e a limpidez da linguagem poética, a presença constante da Natureza, a atenção permanente aos problemas e à tragicidade da vida humana são reflexo de uma formação clássica, com leituras, por exemplo, de Homero, durante a juventude. Colaborou nas revistas Cadernos de Poesia (1940), Távola Redonda (1950) e Árvore (1951) e conviveu com nomes da literatura como Miguel Torga, Ruy Cinatti e Jorge de Sena.
Em 1968, foi publicada uma Antologia e, entre 1990 e 1992, surgiram três volumes da sua Obra Poética. Seguiram-se os títulos Musa (1994) e O Búzio de Cós (1997). Colaborou ainda com Júlio Resende na organização de um livro para a infância e juventude, intitulado Primeiro Livro de Poesia (1993).
A sua obra literária encontra-se parcialmente traduzida em França, Itália e nos Estados Unidos da América. Em 1994 recebeu o Prémio Vida Literária, da Associação Portuguesa de Escritores e, no ano seguinte, o Prémio Petrarca, da Associação de Editores Italianos. O seu valor, como poetisa e figura da cultura portuguesa, foi também reconhecido através da atribuição do Prémio Camões, em 1999.
Em 2001, foi distinguida com o Prémio Max Jacob de Poesia, num ano em que o prémio foi excecionalmente alargado a poetas de língua estrangeira. 
Em Agosto do mesmo ano, foi lançada a antologia poética Mar. Em Outubro publicou o livro O Colar. Em Dezembro, saiu a obra poética Orpheu e Eurydice, onde o orphismo está, mais uma vez, presente, bem como o amor entre Orpheu, símbolo dos poetas, e Eurídice, que a autora recupera num sentido diverso do instaurado pela tradição helénica.
Sophia de Mello Breyner Andresen viveu até aos 85 anos, completaram-se 9 anos após a sua morte no dia 2 de Julho de 2004, tem o seu busto no Jardim de Campo Alegre, e um monumento erigido no Largo da Graça em Lisboa.

Uma grande poetisa, uma grande (M)ulher!

Novelas, 14 de JuLho de 2013;








VÍDEO COM MAIS LUMINOSIDADE




Sem comentários:

Enviar um comentário