MANIFESTAÇÃO 2 DE MARÇO NA PRAÇA DOS ALIADOS
As manifestações de
ontem 2 de Março, à semelhança de 40 cidades de Portugal reuniram, na cidade do
Porto na Avenida dos Aliados. Eram aproximadamente quatrocentas mil pessoas, que fizeram a maior
manifestação de sempre na capital do Norte, enchendo completamente a enorme
Praça.
Segundo a imprensa, 1,5 milhão de pessoas contra a Troika (FMI, BCE, UE) e o governo, mostraram a indignação com uma dívida que não é
pública, mas privada, e «nacionalizada» ao serviço dos privados que a
contraíram. Uma gigantesca contra-reforma cujo objectivo é destruir o Estado
social, cortar salários e subsídios, promover despedimentos e fazer uma
transferência maciça de recursos do trabalho para o capital.
Esta indignação levou o povo a sair à rua
indignado, com uma moção de Censura Popular que manifestou a vontade de querer tomar o presente e o futuro nas suas mãos.
A associação das manifestações reuniu vários
representantes de organizações, sindicatos, redes, e entre reformados,
bancários, jovens e adultos com responsabilidades tornaram possível constatar que a par
com a democracia foi possível se representarem com diversidade e união de um povo com revolta.
Um outro sinal da associação das manifestações de
ontem igualou-se à revolução de 25 de Abril de 1974 com o entoar de «Grândola,
vila morena», a canção de José Afonso que serviu de sinal às tropas que saíam
para derrubar a ditadura, por muitos milhares de gargantas, de Norte a Sul do
País – e até no estrangeiro, como em Paris, onde uma centena de manifestantes
se concentrou junto do Consulado de Portugal.
«O 25 de Abril que o meu pai fez vou ter de voltar
a fazê-lo eu», disse uma mulher de 46 anos, que desfilava ao lado da filha.»
O povo é quem mais ordena. Os diferentes governos
da Troika não nos representam.
Várias foram as palavras de ordem, os desabafos e
a indignação que levou que o estado chega-se a este estado.
«- Este governo é ilegítimo, foi eleito com base
em promessas que não cumpriu.»
«- Prometeu que não subiria os impostos, mas
aumentou-os até níveis insuportáveis.»
«- Garantiu que não extorquiria as pensões nem
cortaria os subsídios de quem trabalha, mas não há dia em que não roube mais
dinheiro aos trabalhadores e reformados.»
«- Jurou que não despediria funcionários públicos
nem aumentaria o desemprego, mas a cada hora que passa há mais gente sem
trabalho.»
«-Que o povo tome a palavra! Porque o governo não
pode e não consegue demitir o povo, mas o povo pode e consegue demitir o
governo. Não há governo que sobreviva à oposição da população.»
Esta Moção de censura Popular é o grito de um povo
que exige participar.
É a afirmação pública de uma crescente vontade do
povo para tomar nas suas mãos a condução do país, derrubando um poder
apodrecido que se arrasta ao longo de vários governos.
No dia 2 de Março, por todo o país e em diversas
cidades pelo mundo fora, sob o lema "Que se lixe a troika! O povo é quem
mais ordena", o povo manifestou uma clara vontade de ruptura com as
políticas impostas pela troika e levadas a cabo por este governo.
Basta! Obviamente, estão demitidos. Que o povo
ordene!
Novelas
03 de Março de 2013
Novo
Clik para voltar ou no link a seguir para ouvir Interviews
and Music Player!
Sem comentários:
Enviar um comentário