--------ESPAÇO PARA ACTUALIDADES 2013-----------------------MAIS NOTÍCIAS CLIQUE EM DESTAQUES

sábado, 29 de junho de 2013

ESCRITOR RODRIGUES DE FREITAS

No dia 26 de Junho de 2013 a UNICEPE, Cooperativa Livreira de Estudantes do Porto, CRL,  lembrou mais um Escritor Portuense. RODRIGUES DE FREITAS.
José Silva fez a belíssima apresentação do autor e quem entendeu teve a primazia de ler pequenos excertos da sua obra, intervalados por bonitas canções na voz e na guitarra de João Teixeira.
Nos texto da universidade do Porto, o autor José Joaquim Rodrigues de Freitas conforme foi retratado Engenheiro, professor, pedagogo, publicista, político, economista e filósofo nasceu no Porto a 24 de janeiro de 1840.
"Aluno brilhante, cedo revelou ser um "homem da imprensa", escrevendo os primeiros textos com 14 anos de idade. A partir dos 15 fez eco das suas preocupações sociais, educativas e económicas no trissemanário "Pedro Quinto" e associou-se de forma mais regular ao periódico democrático "Eco Popular", jornal diário publicado entre 1847 e 1860.
democrático "Eco Popular", jornal diário publicado entre 1847 e 1860. O pai, funcionário da Alfândega e ex-voluntário no Cerco do Porto (1832-1833), matriculou-o no Seminário Diocesano. Porém, José Rodrigues de Freitas já tinha escolhido para si um destino diferente. Com 15 anos de idade ingressou no curso de Engenheiro de Pontes e Estradas da Academia Politécnica do Porto. Corria o ano letivo de 1855-1856."

Conforme foi lembrado José Joaquim Rodrigues de Freitas depois de um percurso académico recheado de prémios e louvores, Rodrigues de Freitas obteve a Carta de Curso a 15 de julho de 1862 e encetou uma carreira de docente naquela Academia, não na sua área de especialidade, mas sim na de Economia.
"Em 1864 foi provido lente-substituto da 11.ª e 12.ª cadeira (nomeado pelo decreto de 29 de dezembro de 1864 e carta régia de 6 de abril de 1865, tomando posse a 4 de janeiro deste ano), tornando-se, assim, o segundo ex-aluno da Academia Politécnica do Porto a integrar o seu corpo docente (o primeiro fora o engenheiro Gustavo Adolfo Gonçalves de Sousa, em 1851). Pelo Decreto de 15 de maio de 1867 e apostilla de 11 de junho de 1867, Rodrigues de Freitas passou à categoria de lente proprietário de Comércio, tomando posse do lugar a 16 de agosto desse ano. Foi já com esta categoria que, no dia 1 de outubro, proferiu o discurso de inauguração do ano letivo, chamando a atenção da Academia do Porto para a ligação entre Ciência e Virtude."
Rodrigues de Freitas desenvolveu diversas atividades paralelamente à vida académica. Estudou e divulgou teorias economicistas europeias, evoluindo do livre-cambismo para um liberalismo sensível aos problemas sociais. Colaborou com várias revistas, entre as quais "A América", dirigida por Mendes Leal, redigiu numerosos artigos e editou títulos, como "Revolução Social" (1872).
Rodrigues de Freitas foi, ainda, um aclamado publicista, para além de colaborador da imprensa nacional e brasileira. Integrou a redação d'"O Comércio do Porto", lugar que ocupou até ao fim da vida, tornando-se o mais importante editor deste diário nortenho. Colaborou também com outros periódicos, como com a "Correspondência de Portugal" (1862-1875). Foi autor de textos sobre temas históricos, pedagógicos, sociais, políticos e económicos."
..."Rodrigues de Freitas participou de modo ativo na vida social do seu tempo. Com 25 anos, por exemplo, foi indigitado secretário da direção da Associação Comercial do Porto, tendo participado na comissão organizadora da Exposição Internacional de 1865, realizada no Palácio de Cristal. Subscreveu um dos manifestos que instituíram a União Patriótica na cidade do Porto e o Centro Eleitoral Portuense, movimentos que culminaram na Janeirinha, a 1 de fevereiro de 1868.
Destacou-se, igualmente, como orador e parlamentar de talento, tendo sido um personagem central do republicanismo evolucionista. Como deputado republicano, gozou da consideração e respeito dos pares. Como pedagogo, defendeu a divulgação e a modernização da Escola, sempre preocupado com a educação popular, em especial a das crianças e das mulheres."
..."Apesar do desgaste e do cansaço, Rodrigues de Freitas candidatou-se às eleições legislativas de 1893, pelo círculo n.º 24, do Porto, tendo sido eleito embora ficando atrás de Veiga Beirão e de Oliveira Martins.
Pressentindo o fim, redigiu o seu testamento antes de partir para nova legislatura, a 14 de janeiro.
O "Freitinhas", como era tratado carinhosamente nos bancos da Academia e, mais tarde, pelos portuenses, faleceu com 56 anos de idade, às doze horas e vinte minutos do dia 28 de julho de 1896, na sua casa da Rua do Sol, no Porto. Foi sepultado no Cemitério do Prado do Repouso.

Novelas, 29 de Junho de 2013;

Rfb.meireles 


segunda-feira, 10 de junho de 2013

NOITE DE POESIA

CAFÉ CENTRAL CASTELO DE PAIVA
Na passada sexta-feira 7 de Junho de 2013, no café central em Castelo de Paiva, José Silva apresentou naquele cantinho o poeta Augusto Gil, um sonhador que transformou os sentimentos em palavras.
Augusto César Ferreira Gil advogado e poeta português, nasceu em Lordelo do Ouro a 31 de julho de 1873 e faleceu na Guarda a 26 de fevereiro de 1929; viveu praticamente toda a sua vida na Cidade da Guarda onde colaborou e dirigiu alguns jornais locais.
Estudou inicialmente na Guarda, a "sagrada Beira", de cuja paisagem encontramos reflexos em muitos dos seus poemas e de onde os pais eram oriundos, e formou-se em Direito na Universidade de Coimbra.
Começou a exercer advocacia em Lisboa, tornando-se mais tarde diretor-geral das Belas-Artes. Na sua poesia notam-se influências do Parnasianismo e do Simbolismo. Influenciado por Guerra Junqueiro, João de Deus e pelo lirismo de António Nobre, a sua poesia insere-se numa perspectiva neo-romântica nacionalista.

Uma excelente apresentação sugerida pelo introdutor, um poeta lembrado que tocou na nossa infância, onde se lembrou a Balada de Neve, naquele Inverno instalado... muito frio ... bastante chuva ... frequentes geadas ... e muita neve.
Foi assim, naquele óptimo espaço que as palavras ganharam um outro significado por quem tinha o dom de as rendilhar e fazer-nos sentir cada, frase ou trecho.
Como já várias vezes rememorei, aprendi a ler, a escrever e contar na escola primária, e desde muito cedo comecei a recordar, evocar e a aumentar o meu conhecimento, para quem este mundo de ler e escrever ainda continua a ser uma novidade absoluta. Saber ler é um poder considerável do qual hoje ainda há infelizmente vestígios, mas que não tinham razões de existir se não teimássemos em insistir ser, seres super-dotados e não querer conhecer, saber, ou aprender.
A generalização da aprendizagem encarregou-se de ensinar e o analfabetismo foi uma terrível realidade, mesmo assim ainda existe em teimar que o sabe fazer, sem saber que anda sempre a prender.
Bom parece-me que é tempo de esquecer os trocadilhos e conhecer, ou melhor recordar tão ilustre poeta. O poeta AUGUSTO GIL. Veja o vídeo!
"A poesia é para se sentir, é para se ouvir, é para ser passada de mão em mão, pois só assim será poema só assim terá razão"-

Novelas, 9 de Junho de 2013;

Rfb.meireles 


quarta-feira, 5 de junho de 2013

PRIMEIROS EXAMES DA 4.ª CLASSE EM NOVELAS

EXAMES DA 4.ª CLASSE


Em 22 de Novembro de 1936, foi inaugurada a Escola Primária e Cantina América Cardeal Rocha Melo, na freguesia de Novelas.
No dia 8 de Julho de 1940, realizaram-se nesta escola os primeiros exames de instrução primária elementar, presidido pelo professor Sr. Tomaz Augusto Ribeiro de Barros, secretariado pela professora Sr.ª D. Maria Luiza Salgado de Andrade, sendo aprovados todos os alunos, a saber: 
 
Adorinda Aurora da Silva
Alcina Ribeiro do Couto
Alice da Silva
Alice Cândida de Sousa
Cacilda Pacheco de Magalhães
Eva da Conceição Rocha
Maria José da Costa
Maria da Luz de Jesus
Maria Luiza Vieira da Silva
Margarida de Sousa Moreira
Rosa de Oliveira Nunes
Agostinho Meireles
António Augusto de Sousa Monteiro
António Barbosa da Rocha
Francisco Neto de Sousa
José Fernando da Silva
José de Magalhães
José Teixeira
José Pacheco
Manuel Fernando Vieira
Manuel Pacheco
Humberto Augusto Alves Roçadas Flores
Artur Soares da Silva

Se algum destes nossos amigos for vivo, terá com certeza a bonita idade de oitenta e tal anos, e será para eles e elas uma bela recordação.
Para os seus familiares, será uma nota de registo e contentamento, porque todos nós sabemos, o quanto eram rigorosos e difíceis estes exames da antiga 4.ª classe, com direito a diploma para ingressarem a maior parte dos aprovados na universidade da vida.
É preciso realçar que estes alunos atravessaram o ensino primário, na mesma altura em que se desenrolou a Guerra Civil Espanhola, e que a fome sentava-se à mesa de muitos lares, sendo de salientar o apoio dado a estes jovens de então, pela cantina América Cardeal Rocha Melo que servia pequeno-almoço, almoço e lanche aos mais necessitados gratuitamente.
Neste mesmo ano, o governo concedeu isenção de direitos alfandegários ao grande benemérito de Novelas Sr. Manuel da Rocha Melo, para transporte de 49 peças de tecidos de algodão, 200 pares de sapatos em couro e brinquedos provenientes de S. Paulo Brasil, com destino às suas Cantinas Escolares situadas em Bustelo e Novelas.
Como se vê, este grande benemérito mesmo longe, não se esquece nunca dos seus patrícios menos afortunados, pois neste período duro da vida, contemplou-os com artigos de vestuário e brinquedos.
Agora que a escola vai ser transferida para o mega agrupamento escolar de Penafiel, espero que lhe seja dado uma utilidade digna, e porque não, o nome de quem tanto fez por ela, América Cardeal Rocha Melo.