No dia 26 de Junho de 2013 a UNICEPE,
Cooperativa Livreira de Estudantes do Porto, CRL, lembrou mais um
Escritor Portuense. RODRIGUES DE FREITAS.
José Silva fez a belíssima
apresentação do autor e quem entendeu teve a primazia de ler pequenos excertos
da sua obra, intervalados por bonitas canções na voz e na guitarra de João
Teixeira.
Nos texto da universidade do
Porto, o autor José Joaquim Rodrigues de Freitas conforme foi retratado
Engenheiro, professor, pedagogo, publicista, político, economista e filósofo
nasceu no Porto a 24 de janeiro de 1840.
"Aluno brilhante, cedo revelou
ser um "homem da imprensa", escrevendo os primeiros textos com 14
anos de idade. A partir dos 15 fez eco das suas preocupações sociais,
educativas e económicas no trissemanário "Pedro Quinto" e associou-se
de forma mais regular ao periódico democrático "Eco Popular", jornal
diário publicado entre 1847 e 1860.
democrático "Eco Popular", jornal diário publicado entre 1847 e 1860. O pai, funcionário da Alfândega e ex-voluntário no Cerco do Porto (1832-1833), matriculou-o no Seminário Diocesano. Porém, José Rodrigues de Freitas já tinha escolhido para si um destino diferente. Com 15 anos de idade ingressou no curso de Engenheiro de Pontes e Estradas da Academia Politécnica do Porto. Corria o ano letivo de 1855-1856."
democrático "Eco Popular", jornal diário publicado entre 1847 e 1860. O pai, funcionário da Alfândega e ex-voluntário no Cerco do Porto (1832-1833), matriculou-o no Seminário Diocesano. Porém, José Rodrigues de Freitas já tinha escolhido para si um destino diferente. Com 15 anos de idade ingressou no curso de Engenheiro de Pontes e Estradas da Academia Politécnica do Porto. Corria o ano letivo de 1855-1856."
Conforme foi lembrado José Joaquim Rodrigues de Freitas depois de um percurso académico
recheado de prémios e louvores, Rodrigues de Freitas obteve a Carta de Curso a
15 de julho de 1862 e encetou uma carreira de docente naquela Academia, não na
sua área de especialidade, mas sim na de Economia.
"Em 1864 foi provido
lente-substituto da 11.ª e 12.ª cadeira (nomeado pelo decreto de 29 de dezembro
de 1864 e carta régia de 6 de abril de 1865, tomando posse a 4 de janeiro deste
ano), tornando-se, assim, o segundo ex-aluno da Academia Politécnica do Porto a
integrar o seu corpo docente (o primeiro fora o engenheiro Gustavo Adolfo Gonçalves de Sousa, em
1851). Pelo Decreto de 15 de maio de 1867 e apostilla de 11 de junho de 1867,
Rodrigues de Freitas passou à categoria de lente proprietário de Comércio,
tomando posse do lugar a 16 de agosto desse ano. Foi já com esta categoria que,
no dia 1 de outubro, proferiu o discurso de inauguração do ano letivo, chamando
a atenção da Academia do Porto para a ligação entre Ciência e Virtude."
Rodrigues de Freitas desenvolveu
diversas atividades paralelamente à vida académica. Estudou e divulgou teorias
economicistas europeias, evoluindo do livre-cambismo para um liberalismo
sensível aos problemas sociais. Colaborou com várias revistas, entre as quais
"A América", dirigida por Mendes Leal, redigiu numerosos artigos e
editou títulos, como "Revolução Social" (1872).
Rodrigues de Freitas foi, ainda,
um aclamado publicista, para além de colaborador da imprensa nacional e
brasileira. Integrou a redação d'"O Comércio do Porto", lugar que
ocupou até ao fim da vida, tornando-se o mais importante editor deste diário
nortenho. Colaborou também com outros periódicos, como com a
"Correspondência de Portugal" (1862-1875). Foi autor de textos sobre
temas históricos, pedagógicos, sociais, políticos e económicos."
..."Rodrigues de Freitas participou
de modo ativo na vida social do seu tempo. Com 25 anos, por exemplo, foi
indigitado secretário da direção da Associação Comercial do Porto, tendo
participado na comissão organizadora da Exposição Internacional de 1865,
realizada no Palácio de Cristal. Subscreveu um dos manifestos que instituíram a
União Patriótica na cidade do Porto e o Centro Eleitoral Portuense, movimentos
que culminaram na Janeirinha, a 1 de fevereiro de 1868.
Destacou-se, igualmente, como
orador e parlamentar de talento, tendo sido um personagem central do
republicanismo evolucionista. Como deputado republicano, gozou da consideração
e respeito dos pares. Como pedagogo, defendeu a divulgação e a modernização da
Escola, sempre preocupado com a educação popular, em especial a das crianças e
das mulheres."
..."Apesar do desgaste e do cansaço,
Rodrigues de Freitas candidatou-se às eleições legislativas de 1893, pelo
círculo n.º 24, do Porto, tendo sido eleito embora ficando atrás de Veiga
Beirão e de Oliveira Martins.
Pressentindo o fim, redigiu o
seu testamento antes de partir para nova legislatura, a 14 de janeiro.
O "Freitinhas", como
era tratado carinhosamente nos bancos da Academia e, mais tarde, pelos
portuenses, faleceu com 56 anos de idade, às doze horas e vinte minutos do dia
28 de julho de 1896, na sua casa da Rua do Sol, no Porto. Foi sepultado no
Cemitério do Prado do Repouso.
Rfb.meireles