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segunda-feira, 13 de maio de 2013

CAFÉ CENTRAL - CASTELO DE PAIVA


ENCONTROS DE POESIA E MÚSICA


No dia 10 de Maio de 2013 o Café Central em Castelo de Paiva, organizou uma vez mais á semelhança de outros eventos neste dia, um "Encontro  de Poesia e Música".
Como já habitual foi fascinante conhecer melhor o poeta consagrado António Duarte Gomes Leal, com a apresentação esplêndida a cargo de José Silva. 
Foi descrito que o poeta Gomes Leal nasceu em Lisboa em 1848, sendo filho ilegítimo de um funcionário público e viveu com a mãe e a irmã, a sua principal fonte de inspiração.
No ano da morte de sua irmã, em 1875, publica Claridades do Sul, a sua primeira obra poética e mais tarde quando a mãe morre, converte-se ao catolicismo, o que tem influência na sua obra. Poeta e jornalista, é escrevente de um notário e publica inúmeros textos panfletários de denúncia político-social.
Gomes Leal é considerado um precursor do Modernismo Português, tendo sido referido por Fernando Pessoa como um dos seus mestres. Este dedica-lhe o soneto Gomes Leal, publicado pela Ática na edição das Obras Completas de Fernando Pessoa, em 1967.
Apesar de se mover literária e pessoalmente nos círculos próximos da Geração de 70, não integra o grupo dos “Vencidos da Vida”, referindo, porém, o apreço que Eça de Queirós e Antero de Quental lhe dedicam, num comentário feito pelo próprio Gomes Leal na obra “A Morte do Rei Humberto” (1900), citado por Gomes Monteiro, em O Drama de Gomes Leal. Com inéditos do Poeta, Gomes Leal tem aliás o cuidado de se distanciar das correntes estéticas da altura, fazendo-o nomeadamente na Nota a Claridades do Sul, acrescentada e publicada na segunda edição, em 1901. 
   Na Nota a “A Morte do Rei Humberto”, Gomes Leal afirma ter publicado antes de Fradique Mendes na Revolução de Setembro e assevera ter sido contactado por Antero de Quental para assinar textos daquele pseudónimo, o que recusou. Na referida Nota, menciona que Cesário Verde tece encómios à poesia de Claridades do Sul. Gomes Leal estreou-se aos dezoito anos, em 1866, publicando a poesia “Aquela Morta”, na Gazeta de Portugal. Em 1869, publica o folhetim "Trevas" na Revolução de Setembro. O cariz interventivo da sua obra é marcado não só pelos folhetins publicados nos jornais, mas também pela fundação do jornal satírico.
   Gomes Leal, o poeta ilustre, que é uma glória nacional, quis dar ao A B C uma impressão da sua vida, da sua acção, das suas lutas. 
  Em vez duma entrevista foram aos seus versos lapidares que chegaram a explicar como se passou uma infância, uma velhice e como a velhice chegou com as suas dores a focar essa cabeça coroada de louros. Só Gomes Leal poderia definir o que A B C desejava saber: a vida do primeiro poeta português.
A sua poesia oscila entre os três grandes paradigmas literários do final do século XIX: romantismo, parnasianismo e simbolismo. De 1899 a 1910, compõe e publica quase diariamente. Termina os seus dias na miséria, primeiramente vivendo da caridade alheia, na rua, e depois sustentando-se com uma pensão anual do Estado português que lhe foi conseguida por um grupo de amigos, dos quais se destaca Teixeira de Pascoaes. Morre em 1921.
  Estas noites de poesia, ajudam a conhecer melhor os poetas consagrados e por vezes esquecidos, nas maravilhosas leituras e interpretações que quase sempre excedem as expectativas. Fascinante este Sonhador.
A abrilhantar esta agradável apresentação, foi possível ouvir belíssimas cantigas na voz de João Teixeira que muito bem dignificou o poeta.
  Parabéns a todos quanto se envolveram para dar a entender figuras carismáticas que se encontram esquecidas como o poeta Gomes Leal e que muito me honra contribuir para dar a conhecer melhor.



domingo, 5 de maio de 2013

DIA DA MÃE 2013

MÃE HOJE É O TEU DIA!


Mãe tu és única.
Que vida enorme tu e a família inteira leva. Apesar de pedir ajuda ao pai para descrever a maravilha deste dia, lembrei-me quando acordávamos ao raiar do dia. Tu e o pai iam para o trabalho incumbindo outros, para tomarem cuidadosamente conta de mim e do meu irmão Lau. Recordas-te...
Eu era pequena e tanto tu como o pai, professores, avós, tios, vizinhos, eram pessoas dignas de respeito e consideração, quanto mais próximos ou mais velhos maior era o afeto. Contavas-me que era inimaginável responder de forma mal-educada aos mais velhos, aos professores, eu acabava por confiar nos adultos porque todos eram pais, mães ou familiares das crianças com quem acompanhava. 
Lembro-me quando te contei que tinha medo apenas do escuro e dos filmes de terror, mas hoje tudo é diferente e começo a sentir medo de tudo! Não sei que valores são estes agora, não foi assim que me ensinaste.
Aconselhaste-me a construir um mundo melhor, mais justo e mais humano, onde as pessoas se respeitariam umas às outras. Apesar da vida permitir que fosse diferente nunca te curvaste perante as dificuldades, sempre com persistência, força e o teu amor saíste vencedora.
Mas agora é diferente, o mundo mudou! Vejo medo no olhar das minhas amigas, medo no olhar dos jovens, medo no olhar dos mais velhos e adultos o que me leva a pensar, que querem calar a boca de quem fala com saber e que uma mãe como tu queriam ter!
Lembro-me mais tarde quando te sentavas no terraço a apanhar sol e depois nas noites de verão eu adormecia ao teu lado para acordar no dia seguinte, com esperança, confiança, e alegria.
Tudo isto foi excelente para sentir orgulho em ti!
Reconheço que fui realmente privilegiada por seres a minha mãe, e apesar de não saber o suficiente para retribuir ou valorizar tudo o que fazes por mim, vou dar-te um abraço e lembrar-me para sempre deste dia enquanto te espero de braços abertos, com compreensão e carinho. 
MÃE...
És a melhor mãe do mundo!

Bruna

Novelas 05 de Maio de 2013




quarta-feira, 1 de maio de 2013

1 MAIO 2013


Milhares comemoraram nas ruas.

Milhares de pessoas participaram esta quarta-feira nas comemorações do Dia do Trabalhador em todo o país, e o Porto não foi excepção.
A Avenida dos Aliados encheu, com algumas das palavras de ordem gritadas pelos manifestantes aos microfones da organização, demonstrando as dificuldades difíceis no seio das famílias onde a pobreza escondida a miséria, o desemprego, os baixos salários, o roubo do presente e a negação do futuro, como o que hoje estamos confrontados é uma realidade.
Os cortes em áreas fundamentais para a qualidade de vida e bem-estar das populações” como a Saúde, a protecção social e a educação, reivindicaram-se em cartazes empunhados pelos cidadãos.
Uma semana antes quando se comemorou o 25 de Abril, valeu a pena lembrar algumas palavras expressas também nesta manifestação, “ Com Abril foi possível o que parecia impossível.”
Ao som da música de intervenção, os milhares de manifestantes ouviram os discursos dos líderes sindicais, desfilaram por várias ruas e no final assistiram ao concerto dos Cubanitos.

Novelas 01 de Maio de 2013